domingo, 30 de março de 2008
Layout Gringo
Chino x Money
sábado, 29 de março de 2008
Tremor de poesias
Vou postar umas fotos de um almoço passado neste lugar porque hoje nao tiramos fotos (8 sòis primeiro prato segundo prato e suco!), falta foto do primeiro, mas aì, o meu prato e braço do lado esquerdo, no centro o do Gustavo.
Outra foto deste almoço
Ah...ontem comecei a ler Thomas Kuhn.
quinta-feira, 27 de março de 2008
Melhor Nao!
O transito de Lima merece um post a parte com video e fotos, hoje sò quero dizer que depois de ver uma batida feia, vi duas pessoas atropeladas, uma sem braço! Desisti de comprar um a bike.
quarta-feira, 26 de março de 2008
Tanto cà como là - A academia
terça-feira, 25 de março de 2008
Na Bolívia
Unidade de deseducacao no norte da ilha do sol
Já perdi a crase neste teclado. A esquerda um italiano que morou 2 anos na espanha e por isso falava um perfeito espanhol com sotaque italiano (emendado, alto e com as maos), gente boa, mas perdeu meu respeito quando disse que 50 bolivianos nao era nada para ele (1 euro sao 11 bolivianos) e logo depois brigou com uma mulher que queria cobrar-lhe 35 bolivianos por um quarto de albergue com banheiro compartido; mais ao lado umas simpáticas e bonitas chicas argentinas; eu e Tom, um judeu israelense que viveu um ano na amazonia brasileira e hoje é adepto do mais puro Daime, com certeza uma das pessoas mais interessantes da viagem.
Abaixo as terrezas, centenárias e ainda muito funcionais, encontram-se na ilha toda, no canion do colca e onde mais for íngreme
¿Donde está?
Durante minha viagem estilo mochileiro europeu-vem-volta-e-que-se-foda-a-americadosul, uma coisa me chamava atencao quando frequentava cidadezinha pequenas: onde està a exploracao capitalista? Digo isso porque via as pessoas com seus pequenos lotes de terra, com suas ovelhinhas, com suas casinhas, pobres e pequenas, mas tinhas casas e terras, a parte isso tinham roupas quentinhas e dinheiro para pagar a locomocao (extremamente barata para os padroes brasileiros); nao pareciam morrer de frio na calcada da paulista.
Foi num albergue que paguei 8 sòis (mais ou menos 5 reais) que fui entender: estava esperando grandes empresas, resorts, marcas e slogans; esses sò se concretizavam com a onipresente deusa coca-cola e marcas que aqui dominam a comunicacao movel, claro e movistar (se diz muvistar). Mas nao, no interior do Peru o capitalismo ainda parece estar com as garras retraìdas. A expropriacao do trabalho ainda è primitiva, muitas vezes familiar, uma sobrinha trabalhando no albergue da tia.
Surge aì uma pergunta ou vàrias perguntas de mesmo teor: com tantos europeus aproveitando os precos e as paisagens, brigando e maltratando as pessoas daqui por causa de 5 sois (1 euro!), como è que ainda nao hà um resort na ilha do sol (lago titicaca), ou passeios de helicòptero no canion do colca?
Na ilha do sol (lado boliviano do lago titicaca) onde, apesar das ruìnas incas, os habitantes sao da etnia aymara tive uma ponta de resposta. Conversando com um guia local, que cuidava das ruìnas do lado sul da ilha por um mes fui entender um pouco. Ele era um professor de història na escola de primeiro grau e assim como todos os habitantes da ilha ele tinha que ficar por um mês, oficialmente licenciado do seu trabalho, para ficar là. Assim como outros guias ele tambèm parecia querer tirar ¨una plata¨ a mais com os turistas, mas assim como os donos de albergues na ilha ele tinha um pertencimento à comunidade e às tradicoes de là, digamos, tinha sua plantacaozinha de quinua e outras plantas nativas nas suas ¨terrazas¨. Tambèm consegui identificar um certo rechaco às companhias de turismo que instalam restaurantes na ilha (poucos sao destas empresas, mas existem) e as companhias que dominavam o transporte de Copacabana à ilha, visto que os locais nao tinham dinheiro para adquirir barcos. Enfim, alì parece haver uma certa uniao da comunidade, assim como em cabanaconde. Nao sei ao certo como se dà nem quais os motivos que levaram a esta ¨unidade¨, mas nao vejo outro outra justificativa para nao haver um condominio estilo laranjeiras (praia proxima a do sono) nestes lugares num perìodo de crise do capital, se alguem souber me diga.
Sendo explorados por uma forte colonizacao europeia fervorosamente catolica hà 500 anos, nao posso esperar que estas comunidades e estes lugares estejam preservadas pela bondade espontânea dos donos do mundo.
Aproveitando que estou falando da viagem vou postar algumas fotos:
Triste heranca colonial, tem cruz em todo lugar aqui! O sincretismo religioso aqui è espetacular, ainda mais na semana santa! Bandas marciais tocando, o povo cantando oracoes catolicas e quechua com roupas tipicas daqui.
Tomando uma sopinha de quinua no titicaca, fechando com um chà de coca, 4 sòis...
segunda-feira, 24 de março de 2008
Tanto là como cà
A pedidos fotos do meu ninho.
domingo, 23 de março de 2008
O Marco
Dia 12 de março, vou com antecedência na universidade, visto que a matrìcula era somente dia 13 e percebi no "jefe de matrìcula" um cara de "que merda eu faço com você!" Percebendo que teria que voltar dia seguinte aproveitei para ver as ementas detalhadas da matèrias que aqui tem o nome de syllabos, oxalà sabe porque, e ver os horàrios das mesmas. Aqui nao existe um www.dac.unicamp.br e as pessoas tem que ver as matèrias que vao ter disponìveis no mural; atè eu entender como funcionava os ciclos, grupos, etc demorou um pouquinho e descobri que aqui eles estudam mais matèrias de humanas que aì, vou fazer duas, espero que uma delas me ajude na minha iniciaçao, chama epistemologia.
Voltemos ao principal. Fui a oficina de cooperaçao e relaçoes interinstitucionais e quase nao me deixaram entrar porque estava de bermuda...fala sèrio! Chegando là falei com a atenciosa Verônica e descobri o motivo da cara do referido "jefe": sou o primeiro estudante de intercâmbio de engenharia! Atè agora estou pensando se isso è bom ou ruim, estou incerto das vantagens da virgindade. Que seja, acho que consegui fazer a matrìcula, amanha começam as aulas e vou conferir isto.
Ah...a minha visita a reitoria me fez confirmar o que jà tinha percebido: apesar daqui ser mais pobre è menos desigual, abaixo o motivo:
Abaixo a placa da minha faculdade, percebam o degradê entre o pùblico e o privado (em cima o sìmbolo da universidade)
Por ùltimo, reduzindo o zoom:
sexta-feira, 14 de março de 2008
O Almoço
Depois de feito fomos comer..."muy rico!", diziam. Senti-me um cozinheiro porque aqui ninguèm sabe fazer muita coisa!
Depois de feito, comer: Èrika(argentina), eu, Angèlica (peruana) e Gustavo
O Inicio
Estou morando numa casa de uma garota que vive com sua mae num quarto e aluga outros para pessoas daqui e para estudantes de intercambio. No total èramos para ser treze, mas sò conheço 10, contando comigo. Somos: eu e o Gustavo num quarto representando a naçao brasileira; Maira (com tonica no "a") e Norma num outro representando o Mexico; Angelica e sua irma, que acredito se chama Carla representando o Peru; Èrika a Argentina e Madu (conhecida tambèm como Maria Dulce) e sua mae Ana representando os donos da casa. Hà tambèm uma senhora que aparece de vez um quando, dizem que mora aqui, mas ainda estou na dùvida quanto à isso.
Bom, a Madu è a que recebe oficialmente as pessoas e quem as leva para passear pela cidade, pelas universidades, pelos restaurantes, lugares de fazer compras, enfim uma calorosa e atenciosa recepçao latinoamericana!
È... a senhora vive aqui mesmo, acabou de passar na minha frente...subindo a escada. Aliàs temos duas escadas, uma por fora e outra por dentro, a casa tem tres andares: no primeiro està a sala, cozinha, meu quarto com o Gustavo, nosso banheiro e o quarto da Èrika do lado de fora; no segundo os quartos das Peruanas em geral e seus respectivos banheiros (2) e no terceiro o quarto das mexicanas, um quarto vazio que serà ocupado por uma amiga da Madu, um banheiro, uma grande terraça com o varal e a lavanderia, o que me faz ir atè o terceiro andar para lavar roupas e para estendê-las. O segundo problema o resolvemos colocando um fio estendido no quarto, o que deu um delicioso ar de cafofo (sem ironia).
Nossa casa fica num bolsao residencial, o que me lembrou muito o Brasil e os separatistas da Vila Sao Joao e do Colinas (minhas casas de Campinas e de SJC, respectivamente).
Agora vou fazer um almocinho improvisado, o primeiro visto que aqui comer fora e muito mais barato que fazer comida e estao me esperando.
Bom daqui umas horas irei postar umas fotos...estou tentando tirar o atraso!
quarta-feira, 12 de março de 2008
O Fim
Depois de resolvida a parte burocràtica, visto, cartao internacional, procuraçao, seguro, etc...(è viajar dà trabalho) e comprar utensìlios estratègicos para a viagem fui rechear minha mala, inicialmente uma. Cedi a pressao paterna levei mais uma com cobertores, roupa de cama e mais livros. O que faz sentido jà que nao queria compra-los aqui, nem sabia se teria na casa onde estou. Achei que estava levando muito bagulho, no entanto sempre se esquece o que deveria: mais filmes brasileiros, uma bendita pinga (palavra que aqui significa pinto) e um maldito plano de viagem.
Feito isso sai à meia noite para ir num show de rock, uma banda de Cuiabà bem legal, mas diferentemente da nossa tiete oficial, o Du, nao conhecia porra nenhuma do que tocaram alèm dos beatles e raul. Conversando com o Akira me convenci do que jà estava convencido hà uns meses: apesar de todas as diferenças gosto pra cacete do pessoal de sanja e olha que o Akira vai ser um maldito publicitàrio! Senti falta das outras pessoas e nao irei cità-las para nao esquecer de ninguem, mas sei que foi relapso meu por nao avisar quase ninguem, assim como faltou me despedir de muita gente em Campinas e da Frida!
No dia seguinte minha mae fez um delicioso almoço de despedida com a presença dos meus tios, da minha mais nova cunhada e da minha famìlia propriamente dita, como sempre tarde. Saìmos de casa a hora que deverìamos estar no aeroporto, o atraso è um carma familiar.
No aeroporto foi tudo muito ràpido, check-in, fotos e despedida. E novamente me convenci que nos abraçamos pouco e isso nao conta sò para a famìlia, mas para os amigos tambèm. Mas novamente nao tive coragem de dizer isso e chorei me lembrando de tudo que nao fiz e pensando que se o aviao caisse nao as teria feito. Lembrei que o quanto esqueço de dizer que amo meu pai, minha mae e meus irmaos e digo isso com um pouco de làgrimas nos olhos num cantinho escuro aqui da sala para que nao pecebam.
Bom o aviao nao caiu e aqui estou, a proxima postagem è sobre Lima.