domingo, 30 de março de 2008

Layout Gringo

Depois de fazer a ùltima postagem fiquei alguns segundos olhando para o meu blog e reparei que ele està com um layout estilo selva-machu-picchu. Bem o pensamento gringo sobre aqui, algumas belezas turìsticas, macacos subindo nos telhados das casas nas àrvores e cobras te picando na rua...Ai ai, na Itàlia nos perguntaram absurdos assim nao deixando de perguntar se a capital do Brasil è a Argentina...sim a Argentina!

Chino x Money

Tenho muitos assuntos pendentes: o transito, a privataria universitària, as compras em Lima, a festinha dos intercambistas da San Marcos, a tv peruana, e outros...mas vou aproveitar este tempo em que minhas roupas estao de molho e, a pedidos, explicar a tomada de "busoes" aqui em Lima (porque nas estradas è outro assunto pendende) e puxar minha aparencia de gringo por nao ter olhos puxados. Aviso aqui tambèm que pretendo diminuir a frequencia de postagens porque daqui um mes vou estar postando sobre a percepçao artìsticas das pessoas que tomam a van em-62b quanto as falhas nas faixas amarelas da avenida La Mar. E para falar de Unicamp deixo que alguèm aì fale.
Aqui se toma busoes, que na maioria das vezes nao sao busoes, sao vans, em qualquer lugar. Sim, tirando nos bairros mais ricos, aqui nao existem pontos de onibus, atè existem, mas è mera formalidade. Assim como os pontos de onibus as tarifas nos adesivos tambèm sao para ingles ver, nao sò para ingles, mas para qualquer idiota que como eu nao conhece o Peru. Teoricamente existem umas 15 tarifas que nao sei todas, mas tem urbano, metropolitano, universitario, idoso, pre-natal e por aì vai. Mas na pràtica sò existem duas: 1 sol e "un chino".
Aqui è demais, porque existem coisas institucionalizadas pela lei e existem coisas institucionalizadas pelo povo, pela praticidade, algo assim democràtico. Desenvolvendo:
1 chino= espècie de uma carona para trechos curtos, voce paga 50 centavos de sol e o cara nao te dà a passagem mas te leva no canto que voce quer
1 sol=passagem convencional, chamado aqui de P(S), tal que P(S)=1 ∀∆S> ∆Schino
Deixando a masturbaçao matemàtica, temos que se aponta o dedo na rua e a van para como se fosse um taxi e faz de tudo para parar, o que è causa consideràvel da loucura que è o trânsito limenho. Como as combis, vans ou como se queira chamar vivem com pressa o cara pàra e fala: "entra, entra" ou "sobe, sobe". Voce mal entra e ela parte te fazendo bater a cabeça se nao tem lugar na frente e se ela tiver teto baixo. 4 vezes por semana eu enfio a cabeça no teto. Subo ràpido e para que nao percebam meu "espanhol" digo: "chino San Marcos", entrego 50 centavos e olho para a janela com cara de quem sabe o que faz.
Mas isso sò quando estou na Plaza San Miguel, onde faço compras, como porcaria de vez em quando e resolvo pepinos de banco, celular e assuntos diversos. De onde moro atè a universidade è um sol mesmo. Porèm, como sempre tenho que fazer compras porque atè agora nao encontrei galoes de 20 litros de àgua e a àgua da torneira nao è nem um pouco recomendàvel (segundo os limeños) pego uma van da universidade atè a plaza e da plaza atè em casa pagando o mesmo 1 sol que pagaria se fosse direto.
Ah...o "bajo bajo, baja baja" è o seguinte: eu falo "bajo bajo" indicando que vou sair, o cara que abre e fecha a porta da van pede para o motorista parar dizendo "baja baja" e me diz "baja baja".
Apesar da loucura que as vans podem representar no transito elas sao responsàvel por deixà-lo dinâmico e o transporte pùblico ser eficiente. Como elas sao baratas, tem muitas e fazem desde caminhos curtos atè longos elas capilarizam o transporte e voce pode sair de Barao e chegar na Francisco Glicèrio sem precisar ir atè o DIC como fazem alguns busoes de Campinas e pagando um preço em conta. Alèm do mais passa um combi a cada 20 segundos onde eu moro, claro que nem todas vao onde quero, mas eu dificilmente levo mais de 2 minutos esperando uma para ir para a faculdade. Nas avenidas mais movimentadas como a Sucre, Venezuela, Universitària e cia você nao passa 2 segundos sem que um passe na sua frente e isso nao è exagero!
Sobre a questao da "institucionalizaçao pràtica" das coisas, pode ser bom, mas para mim as vezes è uma merda. Como nao tenho a menor cara de quem è daqui e quando abro a boca fodiveiz as pessoas querem te cobrar mais no busao, no taxi, na àgua que para estrangeiro è mais cara quando gelada e por aì vai. Nao adianta, eu nao passo por peruano! Eu mal passo por brasileiro! Atè agora apenas um cara que resolveu dar palpite sobre minha nacionalidade nao me chamou de europeu e acertou dizendo que era do Brasil. Ontem um mendigo veio em minha direçao dizendo: "money, money"...
PS: fotos e vìdeos das vans estao por vir

sábado, 29 de março de 2008

Tremor de poesias

Li o blog do Jeff, me deu vontade de escrever poesias. Era pèssimo nisso quando no ginàsio/colegial. Mas que escreveria:

Entra, entra
um chino San Marcos,
entra 1, sai 50
bajo, bajo
baja, baja

Continua ruim e sò serve para quem è daqui! Entao preferi ficar no càreter informativo. Os "versos" acima sao sobre o tomar de busoes, que aqui sao umas espècies de vans, vou ficar devendo descriçoes porque hoje a Terra tremeu.
Ontem de noite escutei um barulho, estava saindo do banho. Gustavo pensou que fosse um caminhao pesado passando na rua, mas nao, quando sai do banho estavam as pessoas um pouco assustadas, foi um sismo. Tudo bem, nem senti, mas o mais divertido foi de manha.
Agora sim, a terra tremeu de verdade por cerca de 10 segundos, apesar do susto porque acordei com isso e vi as pessoas correndo para fora de casa como se fosse rolar um terremoto de verdade, foi emocianante e atè divertido passar por isso pela primeira vez! No epicentro, deu 4,3 Richter, uns 80km daqui.
Hoje almoçamos num lugar seguro em casos de abalos sìsmicos:

Vou postar umas fotos de um almoço passado neste lugar porque hoje nao tiramos fotos (8 sòis primeiro prato segundo prato e suco!), falta foto do primeiro, mas aì, o meu prato e braço do lado esquerdo, no centro o do Gustavo.






Outra foto deste almoço

Ah...ontem comecei a ler Thomas Kuhn.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Melhor Nao!

Antes de vir para o Peru li algumas coisas e recomendaçoes. Em varios lugares diziam que se voce està acostumado com Sao Paulo voce vai se sentir em casa quanto à criminalidade Em alguns outros dizia que era melhor voce se preocupar mais com o transito louco de Lima do que com os assaltantes...verdade.
O transito de Lima merece um post a parte com video e fotos, hoje sò quero dizer que depois de ver uma batida feia, vi duas pessoas atropeladas, uma sem braço! Desisti de comprar um a bike.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Tanto cà como là - A academia

"Se vi mais longe que os outros homens, foi por estar de pé nos ombros de gigantes", disse Newton, mas meu professor de eletromagnetismo, aqui conhecido como teoria de campos eletromagnèticos, nao ficou sabendo. Tambèm nao soube que ele tinha um tio reverendo diplomado em Cambridge chamado William Ayscough; tampouco lhe disseram que ele estudou no Trinity College (por insistência de seu tio à sua mae); penso tambèm que ele nao leu que seu padrasto era bacharel em Oxford, muito menos que o perìodo em que Newton formulou sua teoria da gravitaçao, parte do càlculo, teoria da natureza das cores foi durante os dois anos que passou na fazenda da famìlia, refugiado da peste. Sempre digo: "com certeza nao era ele que limpava a bosta dos cavalos".
Quando soube que este mesmo professor mentiu sobre a infancia de newton, sobre sua condiçao financeira, sobre a idade com qual formulou o seu binomio refleti atè que ponto o sujeito nao ficou sabendo, nao lhe disseram ou nao leu aquelas informaçoes para nos passar a ìdeia do gênio que Deus nos presenteou. Nao sò nos presenteou como presenteou a Newton, segundo meu professor "os mortais pensam a uma velocidade de 1, os gênios de 100" (tipo velocidade de gravaçao de dvd), nao sò isso, "eles tem uma percepçao diferente da realidade e enxergam a verdade". Quantos homens e quantos gênios (grupos distintos segundo a lògica de tal educador) nao se perderam na verdade, imersos nos campos, gravitacionais e eletromagneticos, "que nao vemos, mas estao aì, existem".
E que fantàstica è a ciência postulatòria de Maxwell, a verdade matemàtica que nao vemos, noa sentimos, mas està aì. Joao Paulo me disse "è a lògica para muita coisa, como os terroristas!"
Nao saber diferenciar o fato da interpretaçao e do modelamento escolhido nao è uma proeza sò dos humanòides, mas da academia, onde o pensamento "flui autonomamente, independente e libertàrio", como as linhas de campo.

terça-feira, 25 de março de 2008

Na Bolívia

Na verdade este post é para continuar a sequencia de fotos do anterior e a sequencia da viagem, agora na Bolívia.
Acordamos cedo depois de finalmente dormir direito visto que há duas noites dormíamos no busao, chegamos na fronteira no final da manha. Lá descobrimos que se saíssemos do Peru perderíamos nossos vistos de estudante. Entao escondemos os passaportes e entramos na Bolívia com as carteiras de motorista e ignoramos a imigracao Peruana na entrada e na saída do Peru. É como se nunca tivéssemos saído. Tivemos outros imprevistos como reservar passagens mas chegando na rodoviária só tinha um lugar, o que nos fez revezar no lugar de co-piloto. Lugar este capaz de gerar fortes emocoes nas ultrapassagens. Depois chegaram duas gringas para ir até Copacabana (nosso destino e cidade extremamente turística de onde saem os barcos para a ilha do sol), as gringas foram mal acomodadas, uma atrás do motorista e outra na escada. Nao bastasse isso o busao quebrou por falta de fluido de embreagem (acompanhei de camarote)...pelo menos tinha o de freio...é bom para dar um choque nos gringos acostumados com pontualidade e servicos de qualidade.
Do mais esta parte da Bolívia só muda a moeda e nem isso visto que se paga com sóis em Copacabana e com Bolivianos em Puno. As roupas sao iguais, as formas de cultivo e as linguas também (na verdade no norte se fala quechua e aymara, no sul prioritariamente a segunda). Mas as paisagens no sul do Titicaca sao mais bonitas:

Quem ve pensa que é o Brasil, mas a mais de 3000 metros de altura, um frio de rachar


Unidade de deseducacao no norte da ilha do sol

Já perdi a crase neste teclado. A esquerda um italiano que morou 2 anos na espanha e por isso falava um perfeito espanhol com sotaque italiano (emendado, alto e com as maos), gente boa, mas perdeu meu respeito quando disse que 50 bolivianos nao era nada para ele (1 euro sao 11 bolivianos) e logo depois brigou com uma mulher que queria cobrar-lhe 35 bolivianos por um quarto de albergue com banheiro compartido; mais ao lado umas simpáticas e bonitas chicas argentinas; eu e Tom, um judeu israelense que viveu um ano na amazonia brasileira e hoje é adepto do mais puro Daime, com certeza uma das pessoas mais interessantes da viagem.


Puta visu: Titicaca, pedaco da ilha do sol, os Andes e a lua no fundo, merece outra:

Abaixo as terrezas, centenárias e ainda muito funcionais, encontram-se na ilha toda, no canion do colca e onde mais for íngreme



¿Donde está?

Depois de quebrar a seqüência de tìtulos comecando (estou em outro computador, sem cedilha)por artigos definidos masculinos no post passado, vou quebrar a seqüência de relatos limeños.
Durante minha viagem estilo mochileiro europeu-vem-volta-e-que-se-foda-a-americadosul, uma coisa me chamava atencao quando frequentava cidadezinha pequenas: onde està a exploracao capitalista? Digo isso porque via as pessoas com seus pequenos lotes de terra, com suas ovelhinhas, com suas casinhas, pobres e pequenas, mas tinhas casas e terras, a parte isso tinham roupas quentinhas e dinheiro para pagar a locomocao (extremamente barata para os padroes brasileiros); nao pareciam morrer de frio na calcada da paulista.
Foi num albergue que paguei 8 sòis (mais ou menos 5 reais) que fui entender: estava esperando grandes empresas, resorts, marcas e slogans; esses sò se concretizavam com a onipresente deusa coca-cola e marcas que aqui dominam a comunicacao movel, claro e movistar (se diz muvistar). Mas nao, no interior do Peru o capitalismo ainda parece estar com as garras retraìdas. A expropriacao do trabalho ainda è primitiva, muitas vezes familiar, uma sobrinha trabalhando no albergue da tia.
Surge aì uma pergunta ou vàrias perguntas de mesmo teor: com tantos europeus aproveitando os precos e as paisagens, brigando e maltratando as pessoas daqui por causa de 5 sois (1 euro!), como è que ainda nao hà um resort na ilha do sol (lago titicaca), ou passeios de helicòptero no canion do colca?
Na ilha do sol (lado boliviano do lago titicaca) onde, apesar das ruìnas incas, os habitantes sao da etnia aymara tive uma ponta de resposta. Conversando com um guia local, que cuidava das ruìnas do lado sul da ilha por um mes fui entender um pouco. Ele era um professor de història na escola de primeiro grau e assim como todos os habitantes da ilha ele tinha que ficar por um mês, oficialmente licenciado do seu trabalho, para ficar là. Assim como outros guias ele tambèm parecia querer tirar ¨una plata¨ a mais com os turistas, mas assim como os donos de albergues na ilha ele tinha um pertencimento à comunidade e às tradicoes de là, digamos, tinha sua plantacaozinha de quinua e outras plantas nativas nas suas ¨terrazas¨. Tambèm consegui identificar um certo rechaco às companhias de turismo que instalam restaurantes na ilha (poucos sao destas empresas, mas existem) e as companhias que dominavam o transporte de Copacabana à ilha, visto que os locais nao tinham dinheiro para adquirir barcos. Enfim, alì parece haver uma certa uniao da comunidade, assim como em cabanaconde. Nao sei ao certo como se dà nem quais os motivos que levaram a esta ¨unidade¨, mas nao vejo outro outra justificativa para nao haver um condominio estilo laranjeiras (praia proxima a do sono) nestes lugares num perìodo de crise do capital, se alguem souber me diga.
Sendo explorados por uma forte colonizacao europeia fervorosamente catolica hà 500 anos, nao posso esperar que estas comunidades e estes lugares estejam preservadas pela bondade espontânea dos donos do mundo.

Aproveitando que estou falando da viagem vou postar algumas fotos:

Cemiterio Chauchilla em Nazca. Esse cara, Carlos era taxista e nosso guia, alguèm conhece um taxista no Brasil que è guia?

Os povos nazca mumificavam seus mortos e os posicionavam como fetos voltados para o leste, como se fossem nascer de novo voltados para o sol. Tambèm temos fotos das linhas de nazca, de cima de um teco-teco, mas nao quero lembrar destes momentos em que eu e o Gustavo passamos mal. Aliàs me achei uma franga na viagem, tive ensolacao, fiquei uns 4 dias com o intestino solto, labios arrebentados, fora o aviao.


Em Arequipa, no monasterio de Santa Catalina, crucificado, detalhe que quem tirou a foto foi um espanhol que veio aqui pagar a divida de seu pais fazendo trampos comunitarios com doentes de aids em Iquitos, nao sei se resolve...






Jantar por 12 sòis na varanda na principal praca de Arequipa, a Plaza de Armas! Com direito a primeiro, segundo prato e suco! Esse aì na foto è um australiano que estava a um ano viajando, tinha sò mais uma semanas e voltava a trabalhar. Voamos com ele em Nazca, encontramo-o na rua em Arequipa, depois no canion do colca, depois em Chivay no mesmo busao e depois em Arequipa, de novo, quando pegavamos o taxi para ir para Puno.




Triste heranca colonial, tem cruz em todo lugar aqui! O sincretismo religioso aqui è espetacular, ainda mais na semana santa! Bandas marciais tocando, o povo cantando oracoes catolicas e quechua com roupas tipicas daqui.








Como disse, cara com as ovelhinhas em cabanaconde









Quantas papas(batatas)! No Canion do Colca














Condor voando no Canion do Colca, nao è a toa que os gringos nao querem saber mais de nada.












Nascer do sol no titicaca, Puno









Fala sèrio, no meio de uma ilha flutuante no titicaca!













Tomando uma sopinha de quinua no titicaca, fechando com um chà de coca, 4 sòis...










Indo para Bolìvia, repara que nesta van, extremamente utilizada nas redondezas. O pessoal leva tudo em cima, no caso, tinha dois carneiros vivos em cima...repare bem.






segunda-feira, 24 de março de 2008

Tanto là como cà

Hoje comecei o dia cedo, 7 da manha! Takeopariu! Acho que o Gustavo deve estar me achando um mentiroso quanto aos meus hàbitos noturnos.

Tirando tal diferença, observei, mais do que isso, senti certas semelhanças com o Brasil. Fomos ao banco e enfrentamos a camaradagem dos segurancas, um fila de uns 30 minutos enquanto o banco nao abria. Apòs isso fomos à Santa Ifigênia de Lima, uma tal de compuplaza: vendedores te atacando, redistribuiçao de renda (pirataria) rolando numa boa e eletrodomèsticos baratos. Nao bastasse isso para matar a saudade de casa as aulas começaram, como ficamos atè mais tarde na tal da compuplaza tivemos que pegar um tàxi. Aqui o taxi se negocia, nao existe taximetro, entao a hora que voce enfia a cara na janela com aquele jeito de gringo e solta um portuñol brabo o cara enfia a bandeira dois, no caso a faca. Diferentemente dos taxistas brasileiros que rodeiam quando voce nao è da cidade, aqui quando sempre te fazem de trouxa, sò se perde dinheiro, nao tempo...mas te fazem de trouxa.

Por fim as aulas...engenheiros jogando magic, muitos homens, piadas machistas e todo mundo com a impressao de que havia um et na sala, apesar disso ninguem me dirigiu a palavra. E os professores daqui gorjeiam como os daì, vomitam a matèria igualzinho e fazem perguntas para as paredes.


A pedidos fotos do meu ninho.








domingo, 23 de março de 2008

O Marco

Ontem voltei de viagem, fiz um roteiro bem turìstico mas foi muito bom e muito barato, mas a viagem eu conto depois. Primeiro vou contar da minha matrìcula.
Dia 12 de março, vou com antecedência na universidade, visto que a matrìcula era somente dia 13 e percebi no "jefe de matrìcula" um cara de "que merda eu faço com você!" Percebendo que teria que voltar dia seguinte aproveitei para ver as ementas detalhadas da matèrias que aqui tem o nome de syllabos, oxalà sabe porque, e ver os horàrios das mesmas. Aqui nao existe um www.dac.unicamp.br e as pessoas tem que ver as matèrias que vao ter disponìveis no mural; atè eu entender como funcionava os ciclos, grupos, etc demorou um pouquinho e descobri que aqui eles estudam mais matèrias de humanas que aì, vou fazer duas, espero que uma delas me ajude na minha iniciaçao, chama epistemologia.
Voltemos ao principal. Fui a oficina de cooperaçao e relaçoes interinstitucionais e quase nao me deixaram entrar porque estava de bermuda...fala sèrio! Chegando là falei com a atenciosa Verônica e descobri o motivo da cara do referido "jefe": sou o primeiro estudante de intercâmbio de engenharia! Atè agora estou pensando se isso è bom ou ruim, estou incerto das vantagens da virgindade. Que seja, acho que consegui fazer a matrìcula, amanha começam as aulas e vou conferir isto.
Ah...a minha visita a reitoria me fez confirmar o que jà tinha percebido: apesar daqui ser mais pobre è menos desigual, abaixo o motivo:
Banheiro da reitoria!
Abaixo a placa da minha faculdade, percebam o degradê entre o pùblico e o privado (em cima o sìmbolo da universidade)

Por ùltimo, reduzindo o zoom:

sexta-feira, 14 de março de 2008

O Almoço

Eu e o Gustavo fazendo um tìpico prato Brasileiro universitàrio (talvez um pouco mais requintado): macarrao com molho vermelho e linguicinha frita na cebola, cebolinha e salsinha
Depois de feito fomos comer..."muy rico!", diziam. Senti-me um cozinheiro porque aqui ninguèm sabe fazer muita coisa!
Depois de feito, comer: Èrika(argentina), eu, Angèlica (peruana) e Gustavo

O Inicio


"Na França isso è impossìvel", sempre me lembro desta frase do Zan depois de ficar um ano là se referindo ao fato de que as pessoas foram me pegar no aeroporto e colocaram um estranho (eu) e mais uma par deles na sua casa.
Estou morando numa casa de uma garota que vive com sua mae num quarto e aluga outros para pessoas daqui e para estudantes de intercambio. No total èramos para ser treze, mas sò conheço 10, contando comigo. Somos: eu e o Gustavo num quarto representando a naçao brasileira; Maira (com tonica no "a") e Norma num outro representando o Mexico; Angelica e sua irma, que acredito se chama Carla representando o Peru; Èrika a Argentina e Madu (conhecida tambèm como Maria Dulce) e sua mae Ana representando os donos da casa. Hà tambèm uma senhora que aparece de vez um quando, dizem que mora aqui, mas ainda estou na dùvida quanto à isso.
Bom, a Madu è a que recebe oficialmente as pessoas e quem as leva para passear pela cidade, pelas universidades, pelos restaurantes, lugares de fazer compras, enfim uma calorosa e atenciosa recepçao latinoamericana!
È... a senhora vive aqui mesmo, acabou de passar na minha frente...subindo a escada. Aliàs temos duas escadas, uma por fora e outra por dentro, a casa tem tres andares: no primeiro està a sala, cozinha, meu quarto com o Gustavo, nosso banheiro e o quarto da Èrika do lado de fora; no segundo os quartos das Peruanas em geral e seus respectivos banheiros (2) e no terceiro o quarto das mexicanas, um quarto vazio que serà ocupado por uma amiga da Madu, um banheiro, uma grande terraça com o varal e a lavanderia, o que me faz ir atè o terceiro andar para lavar roupas e para estendê-las. O segundo problema o resolvemos colocando um fio estendido no quarto, o que deu um delicioso ar de cafofo (sem ironia).
Nossa casa fica num bolsao residencial, o que me lembrou muito o Brasil e os separatistas da Vila Sao Joao e do Colinas (minhas casas de Campinas e de SJC, respectivamente).
Agora vou fazer um almocinho improvisado, o primeiro visto que aqui comer fora e muito mais barato que fazer comida e estao me esperando.
Bom daqui umas horas irei postar umas fotos...estou tentando tirar o atraso!
Jòia pra voce tambèm!

quarta-feira, 12 de março de 2008

O Fim

Começo pelo fim, imitando a Natalie: "Mas para todo começo(de viagem) há um fim (encerrar as coisas no Brasil)". E aqui relato as minhas ùltimas 24 horas no Brasil.
Depois de resolvida a parte burocràtica, visto, cartao internacional, procuraçao, seguro, etc...(è viajar dà trabalho) e comprar utensìlios estratègicos para a viagem fui rechear minha mala, inicialmente uma. Cedi a pressao paterna levei mais uma com cobertores, roupa de cama e mais livros. O que faz sentido jà que nao queria compra-los aqui, nem sabia se teria na casa onde estou. Achei que estava levando muito bagulho, no entanto sempre se esquece o que deveria: mais filmes brasileiros, uma bendita pinga (palavra que aqui significa pinto) e um maldito plano de viagem.
Feito isso sai à meia noite para ir num show de rock, uma banda de Cuiabà bem legal, mas diferentemente da nossa tiete oficial, o Du, nao conhecia porra nenhuma do que tocaram alèm dos beatles e raul. Conversando com o Akira me convenci do que jà estava convencido hà uns meses: apesar de todas as diferenças gosto pra cacete do pessoal de sanja e olha que o Akira vai ser um maldito publicitàrio! Senti falta das outras pessoas e nao irei cità-las para nao esquecer de ninguem, mas sei que foi relapso meu por nao avisar quase ninguem, assim como faltou me despedir de muita gente em Campinas e da Frida!
No dia seguinte minha mae fez um delicioso almoço de despedida com a presença dos meus tios, da minha mais nova cunhada e da minha famìlia propriamente dita, como sempre tarde. Saìmos de casa a hora que deverìamos estar no aeroporto, o atraso è um carma familiar.
No aeroporto foi tudo muito ràpido, check-in, fotos e despedida. E novamente me convenci que nos abraçamos pouco e isso nao conta sò para a famìlia, mas para os amigos tambèm. Mas novamente nao tive coragem de dizer isso e chorei me lembrando de tudo que nao fiz e pensando que se o aviao caisse nao as teria feito. Lembrei que o quanto esqueço de dizer que amo meu pai, minha mae e meus irmaos e digo isso com um pouco de làgrimas nos olhos num cantinho escuro aqui da sala para que nao pecebam.
Bom o aviao nao caiu e aqui estou, a proxima postagem è sobre Lima.